A Carolina
Querida! Aos pés do leito derradeiro, em que descansas desta longa vida, aqui venho e virei, pobre querida, trazer-te o coração de companheiro. Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro que, a despeito de toda a humana lida, fez a nossa existência apetecida e num recanto pôs um mundo inteiro... Trago-te flores – restos arrancados da terra que nos viu passar unidos e hoje mortos nos deixa e separados; que eu, se tenho, nos olhos mal feridos, pensamentos de vida formulados, são pensamentos idos e vividos.