Gil de Roca Sales | Obras do compositor e arranjador gaúcho Gil de Roca Sales Obras do compositor e arranjador gaúcho

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Vídeo gravado pelo Coral Banrisul em 30/11/2010.

“A beleza é a forma angélica da verdade” (Mario Quintana)

Querida! Aos pés do leito derradeiro,
em que descansas desta longa vida,
aqui venho e virei, pobre querida,
trazer-te o coração de companheiro.

Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
que, a despeito de toda a humana lida,
fez a nossa existência apetecida
e num recanto pôs um mundo inteiro…

Trago-te flores – restos arrancados
da terra que nos viu passar unidos
e hoje mortos nos deixa e separados;

que eu, se tenho, nos olhos mal feridos,
pensamentos de vida formulados,
são pensamentos idos e vividos.

Na ponta da folha, uma haste
Na ponta da haste, um botão
Promessa de flor misteriosa
Só passarão algumas luas
Que uma grande noite o botão
Abrirá em flor, em florão:
Eis agora é “Dama da Noite”,
Verdadeiro milagre em flor!

Mas ai. Tão breve é seu brilho
Brilha uma noite apenas
Ah! Mas tão bela quanto efêmera
Seu doce aroma inebria
Sua brancura imaculada
Faz que a noite seja dia.

Deus abaixo das estrelas
Fez coisas de endoidecer,
Criou flores as mais belas
E a flor mais bela: a mulher.

Gravado pelo Madrigal de Porto Alegre em 29.09.2010, na Ingreja Nossa Senhora das Dores.

“Abba! Pater!
Accepistis Spiritum adoptionis filiorum.
In quo clamamus: Abba Pater”.

Vídeo gravado pelo Coral Banrisul em 30/11/2010.

Nesta partitura, houve, com a devida permissão do poeta, ligeiras alterações do texto original, inclusive no título: do poema original “Tudo tão vago…”.

Nesta partitura, houve, com a devida permissão do poeta, ligeiras alterações do texto original, inclusive no título: do poema original “Tudo tão vago…”.

Vídeo gravado para o programa de Raul Moreau, no Natal de 2008, pelo Coral Banrisul.
Música em mp3 gravada pelo Madrigal Palestrina em 1973.

Final de “Por Cristo, com Cristo e em Cristo…”
Composição sobre tema de um “Negro Spiritual”.

Amigos para Sempre

Esta canção foi composta para os Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona, por Andrew Lloyd Webber, letra em Inglês de Don Black.
Vídeo gravado pelo Coral Banrisul em 30/11/2010.

“Amor che move Il sole ed altre stelle
Felice voi donne che avete l’intelletto d’amore”.

Ave Maria, Gratia plena, Dominus tecum
Benedicta tu in mulieribus
Et benedictus fructus ventris tui Jesus.

Sancta Maria, Mater Dei
Ora pronobis peccatoribus
Nunc et in hora mortis nostrae.
Amen.

Madrigal de Porto Alegre, em Missa de Natal realizada no dia 22/12/2012. Com Elói Pieta, Reinaldo Rigo, Mônica Zandavalli, Marci Pellegrin, Denise, Ondina Bomfim da Silva, Rafaela Zandavalli, Rosemary Correa, Elisabete Brodt, Clair Paschoal, Dalila Pozoco e Esther Tavares.

(MP3 com o Coral de Câmara Pró-Arte de Porto Alegre, 1967 – Discosul)

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho…

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria…
Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho…

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança…

E descalcinhos, doridos…
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!…

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
por que lhes dais tanta dor?!…
Por que padecem assim?!…

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.

“Bendito seja o sol de outras terras
Que faz meus irmãos todos os homens
Porque todos os homens, num momento no dia,
O olham como eu.
Por isso a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
Bendito seja o sol”.

Era um grande nome, não há dúvida.
Uma verdadeira glória.
E um dia morreu, virou nome de rua.
E continuaram a pisar em cima dele.

Barroso – é a pelagem do vacum semelhante à cor do café com leite.
Pangaré – é a pelagem do equino semelhante ao barroso do vacum, predominante nos cavalos crioulos.
Ligada à antiga tradição luso-brasileira, esta cantiga foi, durante muitos anos, a mais representativa do cancioneiro riograndense.

Ó, meu Brinco de Princesa, sem igual tua beleza
Ó, flor mágica, formosa, encantaste mesmo a rosa
Ó, flor símbolo do Rio Grande do Sul
Pois no brilho de tuas cores
Brilham as mais belas flores
Ó, meu Brinco de Princesa!

Coral Massolin de Fiori canta “C’ereno tre sorelle”, do folclore lazio.

O termo “Quintanares” foi criado por Cecília Meireles (1910-1964), e solenemente ratificado por Manuel Bandeira, em 1966, na Academia Brasileira de Letras. Posteriormente, o próprio Quintana adotou o termo em seus versos e como título de um de seus livros.

Ó, lindo cavalo crioulo
Símbolo do Rio Grande do Sul
Sempre acompanhando o gaúcho
Nas suas lides, de sol a sol.
Muito embora de padrão diferente
Tens, contudo, a mesma força e beleza
Do mais belo ser da criação.
Ó cavalo, ó cavalo!

O autor considera esta música como a mais bela de suas composições. E, certamente, não foi por acaso que ela foi escolhida, por jurados e pelo povo, como a “canção símbolo do Rio Grande”.
Gravado pelo Coral Banrisul (1999).

Amargo doce que eu sorvo
Num beijo em lábios de prata.
Tens o perfume da mata
Molhada pelo sereno.
E a cuia, seio moreno,
Que passa de mão em mão
Traduz, no meu chimarrão,
Em sua simplicidade,
A velha hospitalidade
Da gente do meu rincão.
Chimarrão! Chimarrão!

Os autores da canção foram muito felizes na elaboração desta milonga em cujos versos chama a atenção a alternância entre o vocabulário musical e o linguajar gauchesco.
Alguns exemplos: bordando a milonga com o contracanto dos grilos que não querem dissonâncias mas silêncios e acordes naturais; um galo madrugador chamou a barra do dia; e a regência xirua é da noite que escreveu a partitura em compasso charrua e clave de lua.

Coral de Câmara Pró-Arte de Porto Alegre (1967 – Discosul)

Maestro Gil recebeu láurea de Comendador pela Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino, Ordem do Mérito Cultural Carlos Gomes, em dezembro de 2012.
Para celebrar a menção honrosa, compôs esta breve peça.

Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo
Tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo
Daí-nos a paz, a paz, a paz!

“Cultivo una rosa blanca
en junio como en enero
para el amigo sincero
que me da su mano franca.

Y para el cruel que me arranca
el corazón con que vivo,
cardo ni ortiga cultivo;
cultivo la rosa blanca”.

Coral de Câmara Pró-Arte de Porto Alegre (1967 – Discosul)

Versos avulsos e pensamentos poéticos sobre a lua e o luar, tema recorrente em Quintana

A rosa, rainha das flores, sempre será vaidosa
Enquanto a maravilhosa orquídea
É, por certo, entre todas, a mais humana das flores
Pois só nasce e vive abraçada em outra planta, seja qual for
Haverá mais belo símbolo de humildade e de amor?

1. Deus nosso Pai, tanto, tanto nos ama
Que nos quer como filhos adotivos
Feitos à imagem do seu Filho único
Ele, o maior entre muitos irmãos
E tudo nos deu com seu Filho Jesus
Que por nós morreu elevado na cruz
Do seu amor, maior prova e maior glória
Na Eucaristia de eterna memória.

Porque Deus é amor, amor
Deus é Pai, é Pai
Deus é amor, é Pai.

2. Por fim em nós derramou seu Espírito
Nova e real presença da Trindade
Que cria em nós um coração de filhos
E faz clamar com amor: Abba Pai
Ó vede, irmãos, que presente o Pai nos deu
No dom maior de sermos filhos seus
E assim podermos chamá-lo de Pai
E participar da vida eterna.

Porque Deus é amor, amor
Deus é Pai, é Pai
Deus é amor, é Pai.

Todos os discursos de banquete
Deveriam limitar-se ao texto seguinte:
Minhas senhoras e meus senhores.
Tenho dito!

1. Eis que nasceu um menino que é Deus!
Jesus se fez nosso Irmão Salvador
Veio anunciar-nos a Boa Nova
Que Deus é Pai porque Deus é Amor

E anjos cantaram: Glória a Deus no céu
E Paz na terra aos homens filhos Seus.

2. Veio dizer-nos que Deus é Família:
Pai, Filho, Espírito Santo
Então nos trouxe o dom de ser filhos
Para acolher-nos em sua Família.

E anjos cantaram: Glória a Deus no céu
E paz na terra aos homens filhos Seus.

3. O amor de Deus por nós é infinito
E deste amor, maior prova é Jesus
Que só por nós aceitou se encarnar
Para nos salvar quis morrer na Cruz.

E anjos cantaram: Glória a Deus no céu
E paz na terra aos homens filhos Seus.

Coral de Câmara Pró-Arte de Porto Alegre (1967 – Discosul)

Coral de Câmara Pró-Arte de Porto Alegre (1967 – Discosul)

“Não há exemplo mais comovedor de fidelidade
que os dois chinelos quietos e juntinhos,
esperando pacientemente por nós ao pé da cama.”

Frases (1): Amizade; Frases que matam; Madrigal; Por que não casei

Frases (2): Ponto e Vírgula; Ponto de Interrogação; Reticências; Sinônimos

Tito Madi, compositor paulista, escreveu esta música às margens do Guaíba, em Porto Alegre, quando veio participar de um programa radiofônico. É a canção gauchesca mais conhecida em todo o Brasil. Tanto divulgou o Rio Grande do Sul que o governo gaúcho houve por bem instituir um prêmio com o nome de “Prêmio Gauchinha Benquerer”.
Gravado pelo Coral Banrisul (2001)

Glória in excelsis Deo
Et in terra pax hominibus bonae voluntatis.
Laudamus te, benedicimus te, adoramus te, glorificamus te
gratias agimus tibi propter mamnam gloriam tuam
Domine Deus, rex caelestis, Deus Pater omnipotens
Domine Fili unigenite Jesu Christe
Domine Deus Agnus Dei, Filius Patris
Qui tollis peccata mundo, Miserere nobis
Qui tollis peccata mundo, síscipe deprecationem nostram
Quóniam tu solus sanctus, tu solus Dominus
Tu solus altissimus Jesu Chiriste
Cum Sancto Spiritu in gloria,
Dei Patris, Amen.

Madrigal de Porto Alegre, na Igreja Nossa Senhora das Dores (em 29.09.2010)

Esta pequena peça do grande Mozart foi escrita, segundo consta, para piano. Todavia, seu tom lento e solene parece pedir, outrossim, um bom texto. E, nesse caso, conviver bem igualmente com vozes a capela. Aliás, foi desta forma que já a ouvi por outrem, razão pela qual também idealizei e escrevi este texto, solene e sublime, tal como me parece a música pedir.
Espero, pois, que seja com as bênçãos do autor.

Gravado pelo Madrigal de Porto Alegre na Missa de lançamento do Acervo Digital, na Igreja Nossa Senhora das Dores (29.09.2010)

Nesta canção está estampada toda a paixão do gaúcho pelo Rio Grande. Seus versos parecem palpitar:
“E se Deus não achar muito
Tanta coisa que eu pedi
Não deixe que eu me separe
Deste rancho onde nasci
Nem me desperte tão cedo
Do meu sonho de guri
E de lambuja permita
Que eu nunca saia daqui.”
Gravado pelo Cora Banrisul (2001).

Rosa suntuosa e simples,
Como podes estar tão vestida
E ao mesmo tempo inteiramente nua?

Com as bênçãos do autor e amigo Bepi de Marzi, fiz em “Hora Sublime” (Improvviso) o mesmo que em “Pai de Bondade” (Signore delle cime): a quinta voz e a letra em português.

Gravado pelo Madrigal de Porto Alegre na Missa de lançamento do Acervo Digital, na Igreja Nossa Senhora das Dores (29.09.2010)

Il est né le divin Enfant.

Il est né le divin Enfant

Coral de Câmara Pró-Arte de Porto Alegre (1967 – Discosul)

Há uma idade do corpo e há outra idade do espírito.
Por isso há jovens de oitenta como há velhos com trinta.
Mas a vida quer nosso crescimento total,
Pois sempre ensina que os maus com a idade pioram
Enquanto os bons que acreditam no bem, no amor, no perdão
Com a idade melhoram.

Porto Alegre, 2013.

Composição do açoriano Francisco de Lacerda, sobre a qual compus variações e arranjo.

Composta para a flor que representa a Paixão de Cristo: os três estigmas correspondem aos três cravos que prenderam Cristo na cruz; as cinco anteras representam as cinco chagas; as gavinhas são os açoites usados para martirizá-lo; no formato da flor, é visível a imagem da coroa de espinhos levada por Cristo para o ato de crucificação. Por fim, os tons de roxo que colorem a flor simbolizam o sangue derramado por Jesus Cristo.

Pago: lugar em que se nasceu, o lar, o rincão, a querência. Este talvez seja o vocábulo mais usado na vida campesina do Rio Grande do Sul. Ele resume, para o gaúcho, um pedaço afeiçoado e querido da terra que o viu nascer.
Gravado pelo Coral Banrisul (2001)

“Oh, que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais.
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais.

Oh, dias de minha infância
Oh, meu céu de primavera
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã.
Em vez de mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã”.

Coral de Câmara Pró-Arte de Porto Alegre (1967 – Discosul)

O Rio Grande do Sul conhece os ventos pelo nome, e o mais famoso dos ventos é o Minuano, nome original de uma tribo indígena que habitava a campanha gaúcha.
Geralmente no inverno, às vezes na primavera, o vento Minuano sopra do Sudoeste varrendo as nuvens e deixando o céu extremamente límpido. Traz consigo o frio dos Andes e enregela “até os ossos”.
Gravado pelo Cora do Banrisul (2001).

O nome do velho rei Nabucodonosor
era lento, solene e belo como um cortejo religioso
O triste é que seus súditos, para abreviar,
chamavam-no simplesmente de Budú.

Manuscrito encontrado em um dos livros de oração de Santa Teresa D´Ávila. Mensagem assaz significativa, sempre muito apreciada internacionalmente.

Os anjos no céu cantavam, que se ouviu além da serra:
Glória a Deus nas alturas e paz aos homens na terra.
O galo cantou: Cristo nasceu!
O boi perguntou: aonde, aonde?
E a ovelhinha logo respondeu: foi em Belém!
Para o nosso bem, disse o pastor.

Entre as lendas gaúchas, a mais genuína é, sem dúvida, a lenda do Negrinho do Pastoreio.
Luiz Carlos de Barbosa Lessa, poeta inspirado e grande pesquisador das tradições do pago, elaborou, com rara felicidade, versos e melodia para esta lenda gaúcha.
Gravado pelo Coral Banrisul (2001)

A mais linda lição de Cristo: “Dei-vos o exemplo, fazei o mesmo: amai-vos sempre como eu vos amei.”
Gravado pelo Madrigal de Porto Alegre na Missa de lançamento do Acervo Digital, na Igreja Nossa Senhora das Dores (29.09.2010)

Esta obra foi premiada com o 1º Lugar no 1º Concurso de Composição de Canto Coral João de Souza Ribeiro, em que concorreram 25 obras de 15 compositores de todo o Brasil, promovido pela FECORS e Prefeitura de Porto Alegre, em 04 de outubro de 1995.

Ó bom Jesus, perdoai-nos
Livrai-nos do fogo do inferno.
Levai as almas todas para o céu
E socorrei principalmente
As que mais precisarem.
Ó bom Jesus.

Mais brilhará uma flor
Quando se sentir beijada
Por uma gota de orvalho
Ou por um raio de sol.

Coral de Câmara Pró-Arte de Porto Alegre (1967 – Discosul)

As composições nasceram de uma brincadeira levada a sério. Assim: foi com o “Mapa”, notável poema onde o imaginário de Quintana descreve sua encantada Porto Alegre. Várias vezes tentei dizê-la para mim – em minhas caminhadas, gosto de lembrar poesias que, desde os meus 15 anos, um dia me tocaram – como não lograsse decorá-la, fiz-lhe uma melodia e, em pouco tempo, memorizei letra e música. Da melodia surgiu a harmonia e, de um poema, nasceu a idéia de 12 composições para um concerto a Mario Quintana no seu aniversário (30/07/92). Assim se fez, ele ainda vivo, embora já não pudesse estar presente no concerto.

Prece ensinada por Nª Sª de Fátima (Adaptação)

Coral de Câmara Pró-Arte de Porto Alegre (1967 – Discosul)

Melodia siciliana
Outra versão da 5ª voz em
http://www.gilderocasales.com.br/site_novo/wp-content/uploads/2010/09/Ó-Sanctissima.mp3

Ó Sanctissima (versão de 1976)

Ó como é bom viver em comunhão! Como é bom!

1. Da vida, o maior prazer
É simplesmente conviver
Se gozo e dor são partilhados
Há gozo em dobro e dor menor

2. 2. Esta é toda a nova lei
A lei de Cristo, lei do Amor
“Amai-vos como eu vos amei”
Minha alegria e paz tereis

3. 3. A nova lei, a lei do Amor
Já nos foi dada há dois mil anos
Para salvar a humanidade
Mas até hoje é ignorada

Ouvir também: http://www.gilderocasales.com.br/site_novo/wp-content/uploads/2010/09/Oracao-de-Sao-Francisco.mp3 (gravado pelo Coral Massolin de Fiori)

Mais que um apelo velado contra quaisquer cativeiros, esta composição, em alguns passos da melodia, é um belo desenho sonoro do vôo livre dos cardeais; exalta, outrossim, a liberdade, tanto dos pássaros como do ser humano.
Gravado pelo Coral Banrisul (2001).

Êra, êra, êra, boi, boi, boi, êra, êra, boi.
Os homens de preto trazendo a boiada
Vem rindo e cantando, dando gargalhada.
E o bicho coitado não pensa nem nada
Só vem pela estrada, direito à charqueada.
Deus, Deus, Deus, Deus, Deus, você fez.

Os homens de preto trazendo a boiada
Vem rindo e cantando, dando gargalhada.
E o bicho coitado não pensa nem nada
Só vem pela estrada, vem berrando, vem berrando.

O gado coitado, nasceu, foi marcado
Aí vai condenado na estrada berrando
A querência deixando
E os homens marvado empurrando, gritando
Toca boi, toca boi.

Êra, êra, êra, boi, boi, boi, êra, êra, boi.
E os homens de preto, empurrando a boiada
Vão rindo e cantando, dando gargalhada.
Deus, Deus, Deus, Deus, Deus, você fez.

O gado coitado, nasceu, foi marcado
Aí vai condenado, direito à charqueada.
Mas manda a poeira no rumo de Deus
Berrando pra ele, dizendo pra Deus
Deus, Deus, Deus, Deus, Deus, você fez
Deus, você fez.

“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo,
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muitas vezes desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…

E conversamos toda a noite,
enquanto a Via-Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo? ”

E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas”.

Esta obra foi composta em memória de um cantor do coro “I Crodaioli”, desaparecido em trágico acidente ao escalar os Apeninos. É a razão do título original – Signore delle Cime (Senhor das Alturas).
Daqui também originou-se o hábito de os cantores de coro, sobretudo de montanha, serem lembrados com esta música em seu passamento.
O autor e amigo Bepi de Marzi, também criador e regente do coro “I Crodaioli” , pediu-me que, além da quinta voz, eu fizesse a versão em português. Fi-lo com muita honra.
Ver também em http://www.youtube.com/watch?v=-_9lTHvePoM

______________, rogai por nós, intercedei a Deus por nós.
(As linhas em branco são reservadas para o Santo que vai ser invocado)

1. Vós, exemplo de humildade, intercedei.
A Jesus manso e humilde, intercedei.
Que sejamos como Ele, intercedei.
Sempre humildes, caridosos, intercedei.

2. Que aumente nossa fé, intercedei.
Que aumente nosso amor, intercedei.
Que vivamos sempre mais, intercedei.
O seu novo mandamento, intercedei.

Gravada por notáveis intérpretes brasileiros e sul-americanos, como Mercedes Sosa, esta toada é um canto telúrico com forte apelo às origens campeiras do gaúcho urbano, cantando as atrações do campo e lavoura, como nestes versos:
Quero só um pedaço de terra – Um ranchinho de santafé – Milho verde feijão laranjeira – Lambari cutucando no pé – Noite alta, um luzeiro alumiando – Um gaúcho sonhando de pé.
Gravado pelo Coral Banrisul (2001).

A carreta foi, por muito tempo, o único meio de transporte nas campanhas do Rio Grande do Sul. Por isso, é um dos símbolos mais expressivos da tradição gaúcha. Compondo cerca de oitenta toadas, Luiz Menezes alcançou sua definitiva consagração com Piazito Carreteiro.
Gravado pelo Cora Banrisul (2001)

Esta obra foi premiada com Menção Honrosa no 1º Concurso de Composição de Canto Coral João de Souza Ribeiro, em que concorreram 25 obras de 15 compositores de todo o Brasil, promovido pela FECORS e Prefeitura de Porto Alegre, em 04 de outubro de 1995.

“Todos esses que aí estão, atravancando o meu caminho, eles, passarão – eu, passarinho”

Todos esses que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão, eu passarinho!

Em 2006, o Madrigal homenageou o centenário do nascimento de Mario Quintana e os 10 anos da agência Aldeia.biz, em uma apresentaçao com inúmeras poesias de Quintana, musicadas por Gil de Roca Sales.

Esta bela e popularíssima canção de Vitor Mateus Teixeira (o Teixeirinha), é considerada um verdadeiro hino ao Rio Grande.

O termo “Quintanares”, hoje adotado por poetas, artistas e escritores de todo o Brasil, é um neologismo para designar os tão singulares poemas de Mario Quintana. Convém não esquecer que foi criado por Cecília Meireles (1910-1964), e solenemente ratificado por Manuel Bandeira, em 1966, na Academia Brasileira de Letras. Posteriormente, o próprio Quintana adotou o termo em seus versos e como título de um de seus livros.

O termo “Quintanares” foi criado por Cecília Meireles (1910-1964) e solenemente ratificado por Manuel Bandeira, em 1966, na Academia Brasileira de Letras.

– Evolução
– Os chatos
– Libertação
– O Que o Cão Mais Teme

– Humilde Orgulho
– Peixinhos do Aquário
– Uma Borboleta Amarela?
– Haicai da Noite
– A Teologia

– Tu Te Queixas das Mulheres
– Só as Mulheres Possuem
– Quanto Mais Velho
– Abandonou-te?
– Estatística

Breve texto litúrgico-pascal, que comemora a alegria da ressurreição de Cristo, convidando a própria mãe do ressuscitado a se rejubilar.
Em latim, seu texto diz: Rainha do Céu, alegrai-vos porque vosso Filho ressuscitou segundo havia dito. Rogai a Deus por nós.

Gravado pelo Madrigal de Porto Alegre na Missa de lançamento do Acervo Digital, na Igreja Nossa Senhora das Dores (29.09.2010)

Madrigal de Porto Alegre, em Missa de Natal realizada no dia 22/12/2012. Com Elói Pieta, Reinaldo Rigo, Mônica Zandavalli, Marci Pellegrin, Denise, Ondina Bomfim da Silva, Rafaela Zandavalli, Rosemary Correa, Elisabete Brodt, Clair Paschoal, Dalila Pozoco e Esther Tavares.

“…E um belo poema, ainda que de Deus se aparte,
Um belo poema sempre leva a Deus”.

“Senhor, que buscas tu pescar com a rede das estrelas?”

Ser homem é ser responsável.
É ver o mundo como um lar,
Não como um reino a conquistar.
É ver em cada mulher,
A beleza de uma flor.
É ver em cada homem
Não um rival, mas um irmão.

Porto Alegre, 2014.

Você sabe quais são os nove símbolos do Rio Grande do Sul?
Então diga cantando, então diga cantando.
Quero-quero e cavalo crioulo. Marcela e brinco de princesa.
Bom churrasco e chimarrão, chima, chimarrão.
Hino rio-grandense, bandeira e brasão.
São símbolos do Rio Grande do Sul.

Coral de Câmara Pró-Arte de Porto Alegre (1967 – Discosul)

Esta obra possui versos de Santo Agostinho, Mario Quintana e Goethe sobre a beleza.

Neste vídeo, o Madrigal de Porto Alegre canta trechos de “Os Poetas” e “Todos os Poemas”.

Coral de Câmara Pró-Arte de Porto Alegre (1967 – Discosul)

Nesta obra, há trechos sobre a amizade retirados da Bíblia, de Mario Quintana e de Pascal.

Em forma de chamamé, sua temática são as lidas campeiras do gaúcho veterano dom seu cavalo.
Sentindo a idade chegar, o velho gaúcho não se entrega facilmente, pois a coragem e os sonhos não envelhecem.
Garavado pelo Coral Banrisul (2001).

“Ah! De leve, beijo as suas mãos pequenas
Alvas, de neve, e, logo, um doce, um breve,
Fino rubor lhe tinge a face, apenas
De leve beijo as suas mãos de neve.

Ela vive entre lírios e açucenas,
E o vento a beija, e, corno o vento, deve
Ser o meu beijo em suas mãos serenas,
— Tão leve o beijo, como o vento é leve.. .

Que essa divina flor, que é tão suave,
Ama o que é leve, como um leve adejo
De vento ou como um garganteio de ave,

E já me basta, para meu tormento,
Saber que o vento a beija, e que o meu beijo
Nunca será tão leve como o vento”.