Bibliografia
Canções, Madrigais, Motetes
Composições e Adaptações para Coro Misto
Porto Alegre: Goldberg Edições Musicais, 2004.“Este livro apresenta uma seleta do que de melhor tem composto o maestro, sempre preocupado na escolha de poetas maiores, dos textos mais instigantes, da sonoridade transcendente”. (Cláudio Ribeiro)
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Canções e Madrigais
Um amigo: um tesouro
Prenda minha
Boi Barroso
O Anu
Trova saudosa
Gauchinha benquerer
Negrinho do pastoreio
Noites gaúchas
Piazito carreteiro
Meu pago
Canto alegretense
Céu, sol, sul, terra e cor
Veterano
Clave de lua
Pealo de sangue
Viagem de carreta
Os cardeais
Querência amada
Guri
O Rei mandou me chamá
Mal-me-queres, bem-me-queres
Chimarrão
Porto Alegre: de outrora e de agora
Terra
Tua voz
Simpatia
Livros
A mulher
Não chores, meu filho
Minha terra tem palmeiras
Formosa
A pátria
Soneto de Natal
Amor che move il sole
Hora sublime
Canção de aniversário
Motetes
Pater Noster
Ave Maria, gratia plena
Glória ao Pai (1)
Glória ao Pai (2)
Dona nobis pacem
Cântico do Irmão Sol
Oração do amor
Salmo da fraternidade
Gloria Patri
Um belo poema sempre leva a Deus
Prece
Para amigos falecidos
Cantos breves para missas e cultos
Canto de entrada 1: Bendito
Canto de entrada 2: Jesus Cristo
Ato penitencial 1: Kyrie eleison
Ato penitencial 2: Senhor, piedade
Glória 1
Glória 2
Salmo de meditação
Aclamação ao Evangelho
Creio
Ofertório 1: A nossa oferta
Ofertório 2: Recebei, ó Deus Pai
Sanctus
Santo
Eis o mistério da fé
Amém
Cordeiro de Deus
Comunhão 1: Alma de Cristo
Comunhão 2: A minh’alma engrandece o Senhor
Comunhão 3: Novo Mandamento
Comunhão 4: O Senhor fez em mim
Final 1: O Senhor te guarde
Final 2: Benedicamus Domino
Final 3: Regina Coeli
Editoração Eletrônica: Goldberg Edições Musicais Ltda
Capa: Porto Design (www.portodg.com.br)
Apresentação
O nome do MAESTRO GIL DE ROCA SALES já integra a história da música do Estado do Rio Grande do Sul. Maestro, compositor e arranjador, tem participado de incontáveis realizações no campo do canto coral. A execução de músicas a capela é, ao longo dos anos, uma manifestação cultural de importância. De pequenos lugarejos a grandes cidades, jovens e veteranos encontram lazer e cultura pela performance de canções de todos os tipos, e carregam os traços de sua tradição e estágio artístico.
O MAESTRO GIL DE ROCA SALES tornou-se especialmente conhecido pelo trabalho na formação e educação de grupos corais na Capital e no interior do Estado, numa faina de semeadura e colheita, empolgando uma população ávida de se expressar e agradando multidões embevecidas por assistirem materializar-se ante seus olhos e agrado a seus ouvidos o resultado notável do talento a partir de um grande artista.
A obra de GIL DE ROCA SALES, na composição e arranjos, é copiosa, incluindo tanto a música sacra quanto profana. A coleção das peças de sua lavra já mereceu algumas publicações, mas, seja por felizmente extensa, seja pelas dificuldades tristemente notórias, encontradas por compositores em geral, muito do que realizou não está adequadamente impresso.
A Diretoria do SECOVI/RS e da AGADEMI, percebendo tal lacuna, decidiu por contribuir para a difusão dessas peças de valor inquestionável, ao mesmo tempo homenageando um contemporâneo com lugar destacado no universo musical riograndense e brasileiro.
É com grande satisfação, pois, que entregamos à comunidade a nossa participação nesse sentido, confiando que muitos conjuntos corais possam, a partir dela, tornar mais belos e mais ricos os seus repertórios.
Pensamos, assim, fazer justiça ao telento de um homem afável, modesto e por todos querido, mas que, pelo arrebatamento das vozes, deslumbra as grandes platéias.
Moacyr Schukster,
Presidente SECOVI/RS – AGADEMI
Um Grande Mestre
Na origem da palavra mestre (do latim magister), também “maestro”, serve para designar o professor, ou seja, aquele que sabe e ensina; o que detém o conhecimento e o transmite a todos que o buscam no sonho de aprender.
Honrado pelo convite de apresentar este magnífico trabalho de Gil de Roca Sales, tentei definir o que sua pessoa e figura artística para mim sempre significaram, e não pude encontrar um termo melhor do que este: um mestre.
Não se pode, em nenhuma hipótese, falar em música coral no Rio Grande do Sul e no Brasil sem deixar de citar o nome de Gil de Roca Sales. Uma coisa está ligada a outra, inexoravelmente. A trajetória brilhante deste ilustre maestro gaúcho orgulha o Estado. Os inúmeros discos, prêmios e entusiásticas críticas recebidas por Gil atestam a qualidade de seu intenso e refinado labor, empreendido ao longo de toda uma existência devotada à Arte. Em suas viagens pelo Brasil e o mundo, sempre divulgando a boa música, o Rio Grande e a Pátria, tem levado a outros povos nossa alma em forma de canto. Pode haver melhor e mais espiritual exemplo de amor entre as nações? Haverá mais sublime forma de contato entre seres humanos?
Como compositor, Gil de Roca Sales tem escrito uma das mais fecundas e importantes produções corais do País, fruto de lento e caprichoso artesanato. O presente livro apresenta uma seleta do que de melhor tem composto o maestro, sempre preocupado na escolha de poetas maiores, dos textos mais instigantes, da sonoridade transcendente.
Não posso findar estas linhas sem deixar de confessar um segredo: pertenço ao “fã-clube Gil de Roca Sales” desde pequenino quando, fascinado, ouvia as maviosas serenatas que ele e seu esplêndido coro proporcionavam em casa de meus pais. Vozes em oferenda, introduzindo-se magicamente pelas sólidas paredes como pássaros encantados em canoro chamamento. Imorredoura memória. Comovedora lembrança.
Dizia nosso grande Érico Veríssimo: “o dia em que os homens descobrirem que cantar em coro é o mais perfeito exemplo de solidariedade humana, não haverá mais guerras.”
Acrescento, com a vênia de Érico, que Gil de Roca Sales, abençoado por Deus, tem sido maestro deste coral da paz. Maestro, exemplo, guia e desbravador.
Um mestre.
Cláudio Ribeiro,
Maestro e compositor
Duas Palavras
Nosso poeta maior, Mario Quintana, pediu à sua sobrinha Elena que não negasse os direitos autorais a quem musicasse seus poemas, pois um dia “poderá aparecer um Beethoven”.
Já, Pierre Ronsard, o maior poeta da Renascença Francesa, dizia: “A poesia pouco fala sem a lira, e a lira pouco fala sem a graça de uma ou mais vozes.” Segundo a historia, não queria para suas poesias, música homofônica, mas polifônica. E a polifonia renascentista sempre será o modelo inigualável para a música coral sem acompanhamento, como o é o cantochão para a música sacra.
Não me afastar muito deste modelo e, vez por outra, tira partido, a la Debussy, de alguns modernos agregados harmônicos: foi o que tentei ao longo desse livro.
Os poetas e/ou músicos trazidos para esta coletânea, também pensam como Quintana ou Ronsard, ou algo assim. Devo-lhes, pois, a 1ª centelha e, lógico, o meu primeiro reconhecimento.
E é por mim e por eles, que ao fim, quero deixar impresso em notas musicais um especial – Obrigado – ao SECOVI/RS – AGADEMI, que, qual raro mecenas, acreditou e apoio à impressão e divulgação desta antologia.
Gil de Roca Sales