Bibliografia
Cantando Quintana 2ª Edição
68 quintanares musicados para Coro Misto
Porto Alegre: EST Edições, 2007.Edição ampliada do livro homônimo lançado em 1999, no qual Gil de Roca Sales publica as partituras de 24 poemas musicados de Mario Quintana.
“Mario Quintana (por certo sabendo dos problemas que se criam na questão dos direitos autorais) adiantou-se generosamente, pedindo à sua sobrinha Elena que cedesse os direitos autorais de seus poemas a quem os musicar, pois… “um dia pode aparecer um Beethoven” (sic).
A seu exemplo também quero deixar ampla liberdade para os colegas, músicos e maestros, no sentido de adaptações de minhas composições (andamento, dinâmica, baixar ou elevar tons, harmonia para as oito melodias solo, redução para duas ou três vozes iguais ou mistas), enfim, para outros ajustes de bom senso e gosto.
Entre os 68 Quintanares musicados, apraz-me destacar, por beleza e relevância, cinco poemas ecológicos e, sobretudo, seis poemas dedicados a Porto Alegre. Além de homenagens à capital gaúcha, são um orgulho para todos nós. Gosto de dizer que, graças a Quintana, Porto Alegre pode ser chamada, também, a Cidade da Poesia.”
Gil de Roca Sales (trechos da introdução do livro)
Apresentação
A Poesia é Música e a Música é Poesia.
É Mario Quintana e Gil de Roca Sales.
O mestre da Poesia e o mestre do Canto Coral.
O canto coral, da mesma maneira que a música em geral, busca seus elementos em duas fontes: os sons e as palavras. Nesta obra em particular, as fontes são de tal importância dentro do panorama cultural gaúcho, que o resultado só poderia ser uma obra-prima.
As palavras são do Poeta. Para os gaúchos hoje, Poeta é sinônimo de Mário Quintana. É o poeta das palavras simples, mas carregadas de lirismo. Sua poesia contém os elementos da universalidade. Um poeta gaúcho que não restringiu sua obra ao imaginário local. Foi além, fez uma poesia compreensível e apreciada em qualquer idioma.
Os sons são do Maestro Gil. Qualquer coralista gaúcho já terá cantado alguma de suas composições e arranjos. Gil de Roca Sales é um marco dentro da cultura coral, ultrapassando as fronteiras do nosso Estado. Possuidor de profunda cultura musical, desenvolveu um trabalho que marcou em definitivo o Canto Coral. Por seu estilo minucioso de refinada técnica e bom gosto, motivou inúmeros grupos a buscar constante aperfeiçoamento musical. Ninguém melhor do que o Maestro Gil para musicar as palavras de Quintana.
Esta nova e alentada obra de 68 Quintanares, será, sem dúvida, um tesouro para o repertório de nossos coros.
Eloir Antonio Vial
Presidente da Federação de Coros do Rio Grande do Sul (1999-2001)
Cantando Quintana
Através dos tempos, a música sempre teve destacado papel, principalmente na elevação do espírito humano.
Tanto a música como a poesia têm poder transformador, ao mesmo tempo em que estabelecem equilíbrio emocional a seus praticantes e apreciadores. Juntas, dão sentido à vida, pois revelam o sublime e o belo, tão ausentes no caos da sociedade em que vivemos.
Travei conhecimentos com Gil de Roca Sales em 1979. Naquela época já era uma figura respeitadíssima no meio coralístico, graças ao seu talento, erudição e pleno domínio da arte do canto e da regência.
Hoje, muito honrado, tenho o privilégio de apreciar este trabalho em primeira mão: refinadas e singelas canções, enriquecidas com as melhores técnicas de composição, estabelecendo uma perfeita simbiose entre poesia e música. A prosódia, as relações entre as vozes, a harmonia e o contraponto, tão sutilmente colocados a serviço dos poemas, revela a sabedoria do Maestro Gil. E o mais lindo e interessante é observar sua ética, quando nos deixa clara a intenção de priorizar e valorizar os versos, e jamais sobrepujá-los com a música. E é exatamente essa sua humildade que o torna grande, incomparável, e enaltece a classe musical deste Estado.
Se o Rio Grande, como berço da tradição coral do Brasil, se orgulha de ter o movimento coralístico mais bem organizado do país, com tantos grupos espalhados por todos os rincões, certo e justo é reconhecermos a valorosa contribuição que o maestro Gil nos tem dado.
Segundo suas palavras, graças a Mário Quintana, Porto Alegre pode ser chamada também de Cidade da Poesia.
E nós acrescentamos: Graças a Gil de Roca Sales, Porto Alegre pode ser chamada Cidade do Canto.
Atos Flores, Maestro
Presidente da Federação de Coros do Rio Grande do Sul
Conteúdo
3 Quintanares Notáveis
Cantando os meus quintanares
Quintanares (Cecília Meireles)
Quintanares (Manuel Bandeira)
2 Poemas Premiadas
Poema do belo
O auto-retrato
6 Poemas para Porto Alegre
Este céu de Porto Alegre
Outono em Porto Alegre
Crepúsculos de Porto Alegre
Porto Alegre: de outrora e de agora
O mapa
Ó céus de Porto Alegre
5 Poemas da Natureza
O poema
Os grilos
Rãzinha verde
Terra
Tão lenta e serena e bela
10 Quintanares a 3 vozes
A brevidade
Interrogações
Venho do Fundo das eras
Ó céus de Porto Alegre
Acalanto
O mundo é colorido e a vida em Preto e Branco
O melhor dos bebês
Todos os poemas
Poeminho do contra
Espantos
8 Melodias Solo
Amizade; Frases que matam; Madrigal; Porque não casei
Ponto e vírgula; Ponto de interrogação; Reticências; Sinônimos
Outros Quintanares
Poeminho do contra
Cheio de si
Recordo ainda
A primavera
Mãe
Se tu me amas
Acalanto
Os poetas
Haicai de outono
Haicai da cozinheira
Oração
Se eu fosse um padre
In memoriam (Para Cecília Meireles)
Os verdadeiros versos
Um amigo: um tesouro
Preferências
Os três reis magos
O grande silêncio
Inscrição para uma lareira
Esperança
Das utopias
De luas e luares
Dos livros
Dos vinhos
Da beleza
A beleza é
Nabucodonosor
Senhor
A laranja
A modéstia é…
No reino do amor
Um belo poema sempre leva a Deus
Para o aniversário do Banrisul
Prece
Editoração Eletrônica: Luciano Rd. Matheus (maestroluciano@ibest.com.br)
Capa: Porto Design (www.portodg.com.br)