Gil de Roca Sales | Obras do compositor e arranjador gaúcho Gil de Roca Sales Obras do compositor e arranjador gaúcho

Acervo

A rosa, rainha das flores, sempre será vaidosa
Enquanto a maravilhosa orquídea
É, por certo, entre todas, a mais humana das flores
Pois só nasce e vive abraçada em outra planta, seja qual for
Haverá mais belo símbolo de humildade e de amor?

Mais brilhará uma flor
Quando se sentir beijada
Por uma gota de orvalho
Ou por um raio de sol.

Ó, lindo cavalo crioulo
Símbolo do Rio Grande do Sul
Sempre acompanhando o gaúcho
Nas suas lides, de sol a sol.
Muito embora de padrão diferente
Tens, contudo, a mesma força e beleza
Do mais belo ser da criação.
Ó cavalo, ó cavalo!

Na ponta da folha, uma haste
Na ponta da haste, um botão
Promessa de flor misteriosa
Só passarão algumas luas
Que uma grande noite o botão
Abrirá em flor, em florão:
Eis agora é “Dama da Noite”,
Verdadeiro milagre em flor!

Mas ai. Tão breve é seu brilho
Brilha uma noite apenas
Ah! Mas tão bela quanto efêmera
Seu doce aroma inebria
Sua brancura imaculada
Faz que a noite seja dia.

Ó, meu Brinco de Princesa, sem igual tua beleza
Ó, flor mágica, formosa, encantaste mesmo a rosa
Ó, flor símbolo do Rio Grande do Sul
Pois no brilho de tuas cores
Brilham as mais belas flores
Ó, meu Brinco de Princesa!

Composta para a flor que representa a Paixão de Cristo: os três estigmas correspondem aos três cravos que prenderam Cristo na cruz; as cinco anteras representam as cinco chagas; as gavinhas são os açoites usados para martirizá-lo; no formato da flor, é visível a imagem da coroa de espinhos levada por Cristo para o ato de crucificação. Por fim, os tons de roxo que colorem a flor simbolizam o sangue derramado por Jesus Cristo.

Você sabe quais são os nove símbolos do Rio Grande do Sul?
Então diga cantando, então diga cantando.
Quero-quero e cavalo crioulo. Marcela e brinco de princesa.
Bom churrasco e chimarrão, chima, chimarrão.
Hino rio-grandense, bandeira e brasão.
São símbolos do Rio Grande do Sul.

Há uma idade do corpo e há outra idade do espírito.
Por isso há jovens de oitenta como há velhos com trinta.
Mas a vida quer nosso crescimento total,
Pois sempre ensina que os maus com a idade pioram
Enquanto os bons que acreditam no bem, no amor, no perdão
Com a idade melhoram.

Porto Alegre, 2013.

Ser homem é ser responsável.
É ver o mundo como um lar,
Não como um reino a conquistar.
É ver em cada mulher,
A beleza de uma flor.
É ver em cada homem
Não um rival, mas um irmão.

Porto Alegre, 2014.

Maestro Gil recebeu láurea de Comendador pela Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino, Ordem do Mérito Cultural Carlos Gomes, em dezembro de 2012.

Maestro Gil recebeu láurea de Comendador pela Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino, Ordem do Mérito Cultural Carlos Gomes, em dezembro de 2012.
Para celebrar a menção honrosa, compôs esta breve peça.

Com as bênçãos do autor e amigo Bepi de Marzi, fiz em “Hora Sublime” (Improvviso) o mesmo que em “Pai de Bondade” (Signore delle cime): a quinta voz e a letra em português.

Gravado pelo Madrigal de Porto Alegre na Missa de lançamento do Acervo Digital, na Igreja Nossa Senhora das Dores (29.09.2010)

Gravado pelo Madrigal de Porto Alegre em 29.09.2010, na Ingreja Nossa Senhora das Dores.

Esta obra foi composta em memória de um cantor do coro “I Crodaioli”, desaparecido em trágico acidente ao escalar os Apeninos. É a razão do título original – Signore delle Cime (Senhor das Alturas).
Daqui também originou-se o hábito de os cantores de coro, sobretudo de montanha, serem lembrados com esta música em seu passamento.
O autor e amigo Bepi de Marzi, também criador e regente do coro “I Crodaioli” , pediu-me que, além da quinta voz, eu fizesse a versão em português. Fi-lo com muita honra.
Ver também em http://www.youtube.com/watch?v=-_9lTHvePoM

Esta pequena peça do grande Mozart foi escrita, segundo consta, para piano. Todavia, seu tom lento e solene parece pedir, outrossim, um bom texto. E, nesse caso, conviver bem igualmente com vozes a capela. Aliás, foi desta forma que já a ouvi por outrem, razão pela qual também idealizei e escrevi este texto, solene e sublime, tal como me parece a música pedir.
Espero, pois, que seja com as bênçãos do autor.

Gravado pelo Madrigal de Porto Alegre na Missa de lançamento do Acervo Digital, na Igreja Nossa Senhora das Dores (29.09.2010)